segunda-feira, outubro 7, 2024
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Sueli Carneiro conta vida de Lélia Gonzalez em livro garimpado pela Zahar

Uma das grandes intelectuais do Brasil, Sueli Carneiro faz um perfil biográfico de sua amiga Lélia Gonzalez, referência do pensamento negro e feminista que morreu em 1994, em um livro pouco conhecido que agora ganha projeção nacional graças à editora Zahar.

“Lélia Gonzalez: Um Retrato”, que sairá em novembro, é a adaptação de uma obra de alcance limitado publicada há dez anos pela Fundação Banco do Brasil com a Rede de Desenvolvimento Humano.

No livro, Carneiro conta como foi a criação de Gonzalez por uma família numerosa de trabalhadores de Belo Horizonte e como a futura escritora conseguiu subsidiar seus estudos no Rio de Janeiro graças a um irmão que despontou como jogador do Flamengo.

A partir daí, a jovem se transformaria numa das mais importantes pensadoras do país ao se articular com movimentos sociais, se envolver com partidos políticos e viajar por países da diáspora negra, como narra o perfil escrito pela colega de militância.

A edição de 128 páginas difere bastante da que já foi publicada, com troca de parte da fortuna crítica por um epílogo com depoimento inédito de Carneiro sobre Gonzalez e uma nova seleção de fotos raras, como esta acima, que mostra a autora de “Por um Feminismo Afro-Latino-Americano” na juventude.

Há ainda a reprodução integral de uma carta da Lélia de 18 anos, saída dos arquivos da família, que já revelava seu espírito combativo ao explicar para o irmão por que desistiu de estudar medicina em prol da filosofia.

CHICLETE O popular historiador Luiz Antonio Simas vai abrir a Flip, como se soube no início da semana, e as editoras não perdem tempo em anunciar novidades do autor. A Bazar do Tempo lança durante a festa seu “Bestiário Brasileiro”, livro ilustrado por Bárbara Quintino contando às crianças histórias de criaturas fantásticas e assombrações tupiniquins —a editora, aliás, tem reforçado seu catálogo de infantojuvenis com “Foi! Não Foi!”, com poemas de Duda Machado ilustrados por Adriana Calcanhotto, e “A Caminho da Escola”, de Henrique Rodrigues com a artista Amy Maitland.

COM BANANA E pela Oficina Raquel, em novembro, o carioca publica “Sete Cordéis Brasileiros”, trabalho ilustrado pelo pernambucano Jô de Oliveira. Os textos bebem das mais diversas tradições, ao estilo de Simas, misturando na mesma cumbuca de Pixinguinha à rainha Elizabeth, de Paulo Freire a Maradona.

O PAÍS DO SUINGUE Ainda falando em Flip, a editora Moinhos, que apresentou a mexicana Jazmina Barrera ao país com “Linea Nigra”, traz um novo livro da autora antes da vinda dela a Paraty. “Caderno de Faróis”, com tradução de Silvia Massimini Felix, é uma coleção de ensaios, crônicas e relatos de viagem com os diversos assuntos que iluminam a vida da autora.

É O PAÍS DA CONTRADIÇÃO Outra escritora lançada com fineza pela mesma casa e que deve fazer bonito na Flip, a argentina Gabriela Cabezón Cámara, de “Nossa Senhora do Barraco”, passará a ser editada pela Companhia das Letras no ano que vem com o recente “As Meninas do Laranjal”.

O CHARME DESSA NAÇÃO A editora Nós vai publicar “Os Seus Filhos Depois Deles”, romance que rendeu o prêmio Goncourt ao francês Nicholas Mathieu. O livro, que acompanha um grupo de jovens que lidam com a desindustrialização do interior da França, sai em 2025 com tradução de Lucilia Lima Teixeira —e ganhou novo impulso agora, quando sua adaptação cinematográfica foi exibida no Festival de Veneza e rendeu o prêmio Marcello Mastroianni ao jovem ator Paul Kircher.


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