Aliados de Marçal defendem “valorizar” cadeirada: “Tem que aproveitar”
São Paulo — Aliados do candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, defenderam a necessidade de explorar politicamente a agressão sofrida pelo influenciador durante o debate da TV Cultura na noite desse domingo (15/9). Atingido por uma cadeira arremessada por José Luiz Datena, do PSDB, Marçal foi levado ao Hospital Sírio Libanês de ambulância.
Nas redes sociais, divulgou um vídeo deitado em uma maca no veículo em alta velocidade e recebendo oxigênio por meio de um inalador, com expressão de dor. Na sequência, o influenciador ainda comparou a cadeirada ao atentado a faca sofrido por Jair Bolsonaro (PL) na campanha presidencial de 2018 e do disparo de fuzil contra Donald Trump na disputa presidencial norte americana neste ano.
Segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Sírio Libanês, o candidato teve apenas um “traumatismo na região do tórax à direita e no punho direito”, “sem maiores complicações associadas”.
“Tem que valorizar, né? Isso faz parte”, disse um aliado de Pablo Marçal ao Metrópoles em reservado na manhã desta segunda-feira (16/9). “Ele não tem tempo de TV, não tem nada. Tem que usar a rede social, precisa explorar isso”.
“Essa comparação com o Trump e com o Bolsonaro provavelmente nem foi ele que postou, foi alguém que cuida da rede social”, acrescentou.
Após ter alta hospitalar na manhã desta segunda-feira, Marçal comentou a postagem feita em seu perfil no Instagram. “Um foi com uma bala de fuzil, outro com uma faca e outro com uma cadeira. Por que é que não tem isso com gente de esquerda? Sempre é alguém de esquerda. Contra alguém de direita. Vocês não são do amor”, disse ele a jornalistas.
O candidato do PRTB, que havia cancelado todos os compromissos previstos para esta segunda-feira (16/9), anunciou no início da tarde que iria se reunir com comerciantes na Santa Ifigênia, no centro da capital, como havia inicialmente programado. Ele também afirmou que deve participar dos próximos debates.
Postura da imprensa
A equipe de campanha de Pablo Marçal afirma que a imprensa “passou pano” para José Luiz Datena, tentando relativizar a agressão. Para o coordenador da campanha do influenciador, Wilson Pedroso, não houve exploração política do ataque.
“Nada diferente do que Marçal sempre fez em suas redes sociais. Não teve mudança de postura”, disse Pedroso.
“Querem diminuir dizendo ‘tomou uma cadeirada, mas foi leve’. Quebra uma costela e depois me conta”, ironizou o coordenador da campanha.