domingo, outubro 6, 2024
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Em sabatina Folha/UOL, Nunes derrapou ao defender que a educação de São Paulo não piorou

A Folha deu continuidade ao ciclo de sabatinas com os dez candidatos à Prefeitura de São Paulo em parceria com o UOL e recebeu, em 6 de agosto, o atual prefeito e concorrente à reeleição, Ricardo Nunes (MDB). Já participaram os candidatos Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB), Guilherme Boulos (PSOL), Altino Prazeres (PSTU), Ricardo Senese (UP), João Pimenta (PCO) e José Luiz Datena (PSDB). As entrevistas com Bebeto Haddad (DC) e Marina Helena (Novo) serão em 16 e 18 de setembro, respectivamente.

Nunes derrapou ao defender que a educação de São Paulo não piorou. Ele argumentou citando ações como ampliação da oferta de transporte escolar de bebês e crianças de até 3 anos e 11 meses e distribuição de tablets, mas, segundo os indicadores de educação, a cidade não está bem avaliada.

Sobre alfabetização, ele afirmou não ser possível comparar o novo indicador do Ministério da Educação com índices anteriores, pois são análises com metodologias diferentes. Mas, mesmo sem comparação, o indicador Criança Alfabetizada traz a cidade na 21ª posição entre as capitais, com apenas 37,9% dos alunos do 2º ano alfabetizados.

Além de ter menos de 40% das crianças alfabetizadas segundo o novo índice, a rede municipal da capital teve queda nos anos iniciais do ensino fundamental, de acordo com o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação), que é o principal indicador de qualidade da educação básica do país. O Ideb 2023 da rede municipal paulistana caiu de 5,7, em 2021, para 5,6 no ano passado. Em 2019, antes da pandemia, a média era 6. Com os resultados do ano passado, São Paulo não atingiu a meta e ficou abaixo da média nacional das escolas públicas nesta etapa.

Nos anos finais do ensino fundamental, a rede municipal ficou estagnada em relação a 2019.

Após ser questionado mais de uma vez sobre a piora na educação, o candidato disse, quando falava do Ideb: “Realmente a gente precisa melhorar a questão do ensino inicial”.

Ainda sobre educação, perguntado sobre que nota daria, de 0 a 10, para a área em São Paulo, Nunes respondeu: “Eu só não dou 10 porque eu tenho que estar o tempo inteiro, eu e minha equipe, buscando uma melhora. Eu daria 9,5 para a gente ficar sempre buscando a melhora”.

Posteriormente contatada pela Folha, a assessoria de imprensa do prefeito afirmou que há “uma série de medidas que vai garantir a melhora nos indicadores”.

Ele acertou ao citar aumento salarial de 72% para a carreira inicial na GCM (Guarda Civil Metropolitana). O projeto de lei de autoria do Executivo, que institui mudanças na carreira dos servidores da corporação, foi aprovado em junho de 2022 pela Câmara Municipal de São Paulo. Com o resultado, o salário inicial na GCM passou de R$ 2.180 para R$ R$ 3.750, mas os guardas perderam direitos como o quinquênio e sexta-parte (adicionais por tempo de serviço).

Nunes também acertou dados sobre saúde. Foi correto ao dizer que o SUS (Sistema Único de Saúde) ficou em primeiro lugar na categoria serviço público pelo quarto ano consecutivo, segundo o Datafolha. De fato, ele venceu, ao lado do Metrô e pela quarta vez seguida, a pesquisa O Melhor de São Paulo (conduzida pelo Datafolha) neste ano.

Ainda nesta área, ele disse ter transformado 12 dos 17 hospitais-dias da cidade em 24h. As unidades que funcionam todo o período são: Brasilândia/Freguesia do Ó, Vila Guilherme/Vila Maria, Butantã, Sorocabana, Flávio Giannotti, São Miguel, Capela do Socorro, Cidade Ademar, Santo Amaro, Penha, São Mateus e M’Boi Mirim II.

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