segunda-feira, outubro 7, 2024
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Rede social X burla bloqueio e volta a funcionar no Brasil

Na manhã desta quarta-feira (18), usuários brasileiros relataram que conseguiram acessar a rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, apesar do bloqueio judicial imposto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde o final de agosto. A plataforma, de propriedade de Elon Musk, conseguiu burlar a proibição através de uma atualização no aplicativo e mudanças nos servidores utilizados.

Rede social X burla bloqueio e volta a funcionar no Brasil
Atualização no aplicativo permite que usuários brasileiros acessem a rede social X, apesar do bloqueio judicial(Divulgação)

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a atualização foi aplicada em redes de servidores conhecidos como CDNs (Redes de Entrega de Conteúdo), o que permitiu restabelecer o acesso à rede social para alguns usuários no Brasil. A mudança envolveu a utilização de um proxy reverso, fornecido por serviços como Cloudflare, que mascara o IP real da plataforma, dificultando o bloqueio pelos provedores de internet.

Basílio Perez, membro do Conselho da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (ABRINT), explicou que o uso do proxy reverso é uma prática comum para proteger sites contra ataques cibernéticos e garantir a continuidade do serviço. “Com essa tecnologia, o IP real do X fica escondido, tornando o bloqueio muito mais complexo”, afirmou Perez.

A decisão de bloquear a rede social X foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, após a plataforma descumprir várias determinações judiciais. No entanto, a atualização recente no aplicativo levantou questionamentos sobre a eficácia das medidas de bloqueio e a capacidade das autoridades de controlar o acesso a plataformas digitais.

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Especialistas em direito digital, como Marcelo Crespo, argumentam que os usuários que acessam a rede social X após a atualização não estão violando a decisão judicial, pois não estão utilizando subterfúgios como VPNs para burlar o bloqueio. “Se o site está acessível sem a necessidade de artifícios, não há base jurídica para punir os usuários”, explicou Crespo.

A Anatel e o STF estão investigando se a atualização foi uma ação global do aplicativo ou se foi direcionada especificamente ao Brasil, levantando a hipótese de que a mudança possa ter sido feita intencionalmente para contornar o bloqueio no país. Enquanto isso, a rede social X continua acessível para muitos usuários brasileiros, apesar da suspensão legal.


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