segunda-feira, outubro 7, 2024
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Clima provoca perda de 4 milhões de sacas de café nesta safra

O clima adverso provocou uma queda de 4 milhões de sacas de café no Brasil nos últimos meses. Mesmo sendo um ano de bienalidade positiva, quando ocorre um período de grande florada e produção maior, a safra brasileira deverá recuar para 54,8 milhões de sacas, 0,5% inferior à do ano passado.

Os dados são da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que em maio previa uma safra de 58,8 milhões de sacas. Estiagem, chuvas mal distribuídas e altas temperaturas provocaram a queda de produção em relação ao que era esperado inicialmente.

A maior queda ocorre com o café conilon, o mais disputado no momento no mercado externo. A quebra de safra no Vietnã e perspectivas de mais problemas climáticos na próxima safra do país asiático elevaram os preços internacionais para patamares recordes.

Nas contas da Conab, o Brasil deverá produzir 15,2 milhões de sacas de café dessa espécie, 6% a menos do que no ano passado. Espírito Santo, líder na produção, terá safra de 10 milhões de sacas de conilon e 4 milhões de arábica.

A produção de arábica, espécie que o Brasil tem liderança mundial, sobe para 39,6 milhões, 1,7% a mais do que no ano anterior. Minas Gerais, líder nacional, deverá produzir 28 milhões de sacas, 3,3% a menos do que 2023.

Goiás continua registrando a maior expansão no país. A área cresceu 9,3%, e a produção, 25%, ajudada pela bienalidade positiva. A produção do estado é de 253 mil sacas, bem distante da dos líderes.

Com 95% da safra deste ano já colhida, a produtividade média é de 28,8 sacas por hectare, um volume 1,9% menor ao de 2023. O arábica rende 26 sacas, com queda de 0,6%, e o conilon, 40,2, com retração de 3,6%.

Os preços do café continuam aquecidos no mercado interno. A forte demanda pela bebida faz com que os valores internos do produto superem os do arábica, um fato pouco usual.

Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a saca de café robusta subiu para R$ 1.518, enquanto a do arábica está em R$ 1.494

BRASIL AVANÇA NA ROTULAGEM DOS PLANT-BASED

Hambúrgueres vegetais, leites de amêndoas e queijos veganos já fazem parte do dia a dia dos brasileiros. Faltam, no entanto, regras claras para a comercialização e para a rotulagem desses produtos, o que traz insegurança para consumidores e indústrias.

Na próxima terça-feira (24), o Ministério da Agricultura dá mais um passo e avança no processo de regulamentação do setor. Em uma audiência pública, serão debatidos os parâmetros a serem adotados para esses produtos.

As embalagens deverão trazer a expressão “produto vegetal análogo a”, seguida da denominação do produto animal correspondente.

Para Karina Leandro, auditora fiscal federal e coordenadora de Regulamentação da Qualidade Vegetal do Mapa, um dos pontos centrais da regulamentação é a rotulagem adequada, o que permitirá que o consumidor entenda que os produtos vegetais análogos não substituem os de origem animal em termos nutricionais.

A regulamentação oferece também segurança jurídica para as empresas, permitindo que inovem e cresçam de forma competitiva, afirma a auditora. O setor alimentício tem muito a ganhar com a nova regulamentação. Além de estimular a inovação, as novas normas podem facilitar a exportação de produtos brasileiros, oferecendo certificações e padrões que atendam às exigências de mercados internacionais, afirma Karina.

Dois dias após a audiência pública, o tema da regulamentação de produtos vegetais análogos aos de origem animal também será debatido no Sedagro (Seminário de Defesa Agropecuária), que ocorrerá de terça-feira (24) a quinta-feira (26) durante a Expomeat (Feira Internacional da Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal), em São Paulo.

O mercado de produtos à base de plantas cresce. Em 2021, o setor atingiu R$ 821 milhões no Brasil e US$ 12,1 bilhões no mundo, segundo fontes especializadas.


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