domingo, outubro 6, 2024
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Ribeirinhos precisam de acesso a água de qualidade

Belém foi escolhida como sede da COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. Entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, olhares do mundo todo estarão voltados para a inédita e tão aguardada COP da Amazônia.

Essa é uma enorme oportunidade para soluções conectadas ao meio ambiente e para a população local, reforçando o compromisso global de enfrentamento das mudanças climáticas, sobretudo nesse território considerado peça vital para o equilíbrio do planeta.

A expectativa é alta: aposta-se que todos as nações participantes anunciarão Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) ainda mais ambiciosas na capital paraense —metas de redução das emissões de gases de efeito estufa assumidas por cada país.

No início deste ano, a Florescer, empresa social de impacto, executou um diagnóstico socioambiental em diversas regiões, evidenciando ainda mais a necessidade de acesso à água potável de qualidade.

Nasceu, assim, o dever de se estudar e buscar alternativas práticas e simples para viabilizar uma solução integrada às características locais, culturais e ancestrais da região, que pudesse ser incorporada ao estilo de vida tradicional dos ribeirinhos.

Em parceria com a Bloomberg, empresa global de informações financeiras e notícias que investe em programas de filantropia, a Florescer beneficiou mais de 300 famílias da região ribeirinha de Belém com acesso à água de qualidade por meio de filtros portáteis de nanotecnologia.

Para realizar essa ação, que ocorreu entre os dias 20 e 30 de agosto, contamos com a parceria de diversas organizações e instituições dedicadas à melhoria das condições de vida nas comunidades amazônicas, além de lideranças locais e agentes de saúde, comércio e serviços locais.

Entre eles, a startup Composta Belém, o Movimento dos Atingidos por Barragens, a Cooperativa Mista da Ilha do Combú e as organizações Saúde & Alegria e Water Is Life. Parcerias estratégicas locais são pilares fundamentais para a eficiente execução de uma ação de responsabilidade social, ambiental e econômica.

O tão sonhado acesso à água de qualidade gerou impacto positivo em inúmeras famílias da Ilha do Combú, como também nas Ilhas do Papagaio, Murucutú e das Onças. Famílias com crianças, gestantes, pessoas com deficiência e idosos foram o foco do projeto.

A família de Ana Cardoso, moradora da Ilha do Combú e ribeirinha de Abaetetuba, nunca teve acesso à água tratada em casa. Ela viveu um momento histórico ao segurar com orgulho o filtro que finalmente tornou isso possível.

A capacitação nas comunidades, etapa primordial de engajamento comunitário, foi conduzida por Luise Valentim, representante da Florescer. Ela apresentou à comunidade a tecnologia, que conta com uma membrana de ultrafiltração de 0,1 mícron, capaz de reter 99,99% de vírus, bactérias e impurezas da água.

A solução é instalada de forma rápida e fácil, garantindo água potável por anos sem manutenção, graças à capacidade de retrolavagem do filtro. Com vazão de 1 litro por minuto, ele é capaz de atender às necessidades de uma família inteira.

Água tratada para beber e não ter que gastar mais com isso é bom demais”, comemorou um morador da Ilha do Papagaio ao receber o filtro. Todas as famílias da ilha foram beneficiadas pela ação.

Aproximadamente 3.000 famílias sofrem com a falta de água potável na região. A expectativa da Florescer Brasil junto à Bloomberg e demais parceiros é alcançar juntos essa totalidade.

Para expandir o alcance da iniciativa, continuaremos buscando investimento para ampliar a ação e apoiar famílias dessas regiões ribeirinhas para que elas possam lutar por políticas públicas melhores e mais estrutura.


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