Datena culpa e critica sua campanha por explorar cadeirada na propaganda: 'Não autorizei'
O candidato José Luiz Datena (PSDB) voltou à Globo após 35 anos em uma entrevista ao jornal SP1, sob o comando de Alan Severiano. Ele foi o primeiro postulante à Prefeitura de São Paulo a ser sabatinado numa série de entrevistas do programa.
Datena afirmou não se arrepender da cadeirada em Pablo Marçal (PRTB) no debate na TV Cultura, no dia 15. Ele chamou a agressão de um gesto de defesa contra ataques mentirosos e canalhas.
“Fui chamado de estuprador na frente do Brasil todo. Não faria de novo, ele vai responder no foro adequado, que é onde bandido tem que responder.”
Após o episódio, a propaganda eleitoral do candidato veiculou na rádio uma inserção para justificar a violência.
No comercial, um locutor questiona o que o ouvinte faria se “alguém dissesse isso para você na frente de milhões de telespectadores e na frente da sua família”. Na sequência, é reproduzida a declaração de Marçal dada antes da agressão.
Datena afirmou não querer fazer uso desse ato. Declarou que, se houve, foi organizado pela campanha sem seu aval.
“Não autorizei, não queria mais falar desse assunto, é um assunto superado. Não é de democracia, é ato de defesa. Se foi utilizado pela campanha, foi mal utilizado. Em nenhum momento autorizei uso eleitoral disso. Não me orgulho.”
Ele falou que debates têm que explorar o que os candidatos não fizeram ou não teriam capacidade de fazer, ao abordar detalhes sobre os quais o público deve ter conhecimento. “Discussão política e democrática é correta e válida, desde que fique num plano democrático de respeito.”
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