Rio Preto decreta situação de emergência por seca e escassez hídrica
São Paulo — A cidade de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, está em situação de emergência em razão da estiagem e escassez hídrica. O decreto foi publicado no Diário Oficial do município nessa quinta-feira (26/9), mas já havia sido anunciado um dia antes pelo prefeito Edinho Araújo (MDB).
O documento cita como justificativa para a medida a “intensa estiagem” que atinge a cidade e a escassez hídrica, que “tem causado dificuldades no serviço de abastecimento de água e prejuízos econômicos privados expressivos, especialmente aos setores da agricultura e pecuária”.
A Represa Municipal, responsável por 30% do abastecimento da cidade, está com o reservatório em nível crítico. Por isso, nessa terça-feira (24/9), o Serviço Municipal de Água e Esgoto (SeMAE) iniciou um plano emergencial de monitoramento diário do sistema de captação de água, que opera no limite da capacidade de distribuição. Não há registro de chuvas significativas no município há cinco meses.
A decisão de colocar a cidade em estado de emergência considera ainda “elevados índices de incêndios em vegetação” e o parecer favorável da Defesa Civil Municipal em relação à medida.
De acordo com a Defesa Civil do estado, um dos 13 focos ativos de incêndio registrados no estado nesta sexta-feira (27/9) é na região de São José do Rio Preto, em Neves Paulista.
O SeMAE ainda reforçou o pedido à população para que faça uso consciente de água. O racionamento não está descartado – o objetivo do decreto é justamente evitar que isso ocorra.
Emergência em Barretos
Sem chuva há quase quatro meses, a cidade de Barretos, a 96 km de Rio Preto, teve o decreto de situação de emergência e estado de calamidade pública confirmado pelo governo estadual nessa quinta-feira.
Os mais de 122 mil habitantes do município enfrentam uma grave crise hídrica desde maio. Alguns bairros ficaram sem água por mais de cinco dias e o abastecimento à população está próximo de entrar em colapso, segundo a Prefeitura de Barretos.
Desde julho, a cidade está com racionamento parcial de água. A Defesa Civil de São Paulo já enviou mais de 15 mil litros de água potável para serem distribuídos a escolas e hospitais.