segunda-feira, outubro 7, 2024
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Podemos repassa até 25 vezes mais dinheiro para candidatas “famosas”

São Paulo — A eleição para a Câmara Municipal de São Paulo, a maior do país, tem uma discrepância nas receitas recebidas pelas candidatas mulheres lançadas pelo mesmo partido. A diferença entre os valores recebidos por elas para fazer campanha chega a quase 25 vezes.

No Podemos, por exemplo, Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, é a candidata com a maior receita do partido na capital paulista. Ao todo, ela recebeu R$ 1,5 milhão do fundo eleitoral. Já a correligionária Luana Takada recebeu R$ 60 mil. Ela é a candidata da legenda na cidade de São Paulo com a menor receita.

Ana Carolina disputa pela primeira vez uma eleição. A filha dela, Isabella, morreu em 2008, após ser atirada de uma janela do sexto andar no apartamento onde viviam seu pai, Alexandre Nardoni, e sua madrasta, Anna Carolina Jatobá, ambos condenados pelo crime. A garota tinha apenas cinco anos.

Ainda no Podemos, a ex-deputada federal Joice Hasselmann, que também tenta uma das 55 cadeiras da Câmara paulistana, recebeu R$ 485 mil do fundo eleitoral repassado pela direção nacional da legenda.

Essa diferença dos recursos também ocorre em outros partidos. A pastora Sandra Alves, do União Brasil, é a candidata a vereadora em São Paulo que mais recebeu recursos, com um pouco mais de R$ 4 milhões. Já Jaque Petrovik, mulher transexual, foi a que menos recebeu recursos do partido na capital: R$ 254 mil.

Cada partido decide como usar os recursos públicos, sendo que 30% dos valores recebidos precisam ser destinados às candidatas mulheres, pela cota de gênero. Porém, não há uma especificação de quanto cada valor deve ir para cada candidata. Por isso, é comum as disparidades dentro de uma mesma legenda.

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