Urnas eletrônicas das Eleições 2024 são mais modernas e inclusivas
São Paulo — Para as Eleições 2024, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) preparou uma nova geração de urnas eletrônicas. A Justiça Eleitoral de São Paulo recebeu 43.296 unidades do equipamento atualizado.
O modelo 2022, que fará estreia no primeiro turno, em 6 de outubro, é o mais recente já desenvolvido pela Justiça Eleitoral. As unidades começaram a ser fabricadas em maio de 2023 e vão substituir as urnas modelo 2011, que encerraram seu ciclo de vida útil.
Segundo o TSE, a nova geração tem design atualizado e melhoria na capacidade de processamento. Estarão em operação, no dia da votação, aparelhos dos anos de 2013, 2015, 2020 e a nova leva. Os modelos UE2022 e UE2020 têm características semelhantes e correspondem a 77% das urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições de 2024.
Com vida útil de 10 anos, ou seis eleições consecutivas, as urnas são produzidas em Ilhéus, na Bahia. A primeira remessa, com mil unidades, chegou em São Paulo em agosto de 2023 e foi distribuída para zonas eleitorais da capital, afirmou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo.
Nova geração de urnas eletrônicas
O software dos equipamentos é desenvolvido integralmente pela equipe da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE (STI/TSE). Com a atualização, os modelos prometem ser mais modernos e inclusivos, tornando a votação mais ágil, segura e estável.
As inovações tecnológicas, que constam nos modelos UE2022 e UE2020 das urnas, são um processador mais potente; um perímetro criptográfico certificado pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP Brasil); e um mecanismo de criptografia aprimorado, com o uso do algoritmo criptográfico.
Acessibilidade
A principal novidade das urnas eletrônicas que serão usadas a partir das Eleições 2024 é um recurso de acessibilidade para pessoas com deficiência visual. Uma voz sintetizada batizada como Letícia irá guiar e auxiliar os eleitores cegos ou com baixa visão na hora da votação.
Para usar o recurso, é necessário comunicar a deficiência aos mesários, que fornecerão fones de ouvido para uso na cabine. Segundo o TSE, o método “garante mais autonomia e sigilo total do voto.”
Vale lembrar que a urna também conta com números em braille em alto-relevo e tradução na Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Preparação das urnas eletrônicas
A Justiça Eleitoral de São Paulo começou a preparar, no dia 24 de setembro, as urnas eletrônicas que serão usadas no primeiro turno das eleições municipais, que acontece no dia 6 de outubro. No total, 114.740 equipamentos passarão pelos processos de geração de mídias, carga e lacração — são 30 mil apenas na capital.
A cerimônia pública para o início dos trabalhos vai acontecer nos cartórios eleitorais e postos de atendimento. A formalidade consiste na inserção, através das mídias, dos sistemas eleitorais e dos dados de eleitores e candidatos nas máquinas. Além disso, também é realizado o teste de funcionamento das urnas. Após a preparação, os equipamentos são lacrados por selos produzidos pela Casa da Moeda.
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo, o processo deve terminar no dia 4 de outubro, antevéspera do primeiro turno. Representantes do Ministério Público de São Paulo (MPSP), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de partidos políticos e de federações e coligações podem inspecionar a preparação.
As entidades fiscalizadoras que estiverem presentes na cerimônia podem checar a integridade e a autenticidade dos sistemas eleitorais, a regularidade dos procedimentos, os dados das urnas e a colocação dos lacres. A inspeção pode ser feita por amostragem em até 6% dos equipamentos.
O TRE-SP relembra que qualquer cidadão ou cidadã pode acompanhar o processo. Para isso, é preciso apresentar documento oficial de identificação com foto em qualquer cartório eleitoral do estado. Depois da cerimônia, as urnas ficarão armazenadas e serão transportadas, na véspera das Eleições, para os locais de votação. Os equipamentos são programados para só funcionar durante o dia e horário do pleito.