Candidatos a prefeito de SP têm propostas insuficientes para servidores, diz entidade
Levantamento da República.org, organização que tem como objetivo melhorar a gestão de pessoas no serviço público, mostra que os candidatos à Prefeitura de São Paulo têm propostas insuficientes sobre o tema, com Guilherme Boulos (PSOL) um pouco à frente dos principais adversários.
Ainda assim, Boulos aparece com 2,8, em um indicador que varia de 0 a 10 e foi criado para avaliar os planos de governo dos candidatos em relação a temas como reforma de carreiras, gestão de desempenho e promoção de equidade. O atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), tem 2,5, mesmo indicador de Pablo Marçal (PRTB).
A média dos planos ficou em 2,2. O valor máximo alcançado foi 6, obtido pelo candidato à Prefeitura do Rio Tarcísio Motta (PSOL). Só mais dois candidatos ficaram acima da média 5: Kleber Rosa (PSOL), em Salvador, com 5,8, e Ney Leprevost (União Brasil), em Curitiba, com 5,3.
Segundo a metodologia da República.org, os candidatos que ficaram abaixo de 5 apresentaram planos sem qualquer proposta ou com propostas insuficientes sobre o tema, por não tratarem de questões consideradas fundamentais para servidores públicos, como engajamento e gestão de desempenho.
Foram avaliados 33 planos de governo de candidatos a prefeito entre as 11 capitais com maior colégio eleitoral do país. O recorte considerou quem disputa os três primeiros lugares, conforme pesquisas de intenção de voto realizadas entre 17 e 23 de setembro. Dos 33 nomes, 30 tiveram propostas insuficientes ou sequer apresentaram alguma proposta voltada para os servidores públicos.
Seis candidatos não apresentaram propostas para os servidores, segundo a organização: André Fernandes (PL), em Fortaleza; Edmilson Rodrigues (PSOL), em Belém; Fuad Noman (PSD), em Belo Horizonte; Geraldo Júnior (MDB), em Salvador; Luciano Ducci (PSB), em Curitiba, e Mauro Tramonte (Republicanos), em Belo Horizonte.
“Ainda há muito o que avançar na gestão pública do país. É importante que as propostas para os servidores públicos sejam uma das prioridades durante a agenda eleitoral. O que temos hoje é claramente insuficiente, são propostas rasas”, afirma Renata Vilhena, presidente do conselho da República.org.
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