Rejeição de Marçal repete números de Russomanno e Bolsonaro

A rejeição de 53% do influenciador Pablo Marçal (PRTB), revelada por pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (3), é similar aos índices apresentados pelo deputado Celso Russomanno (Republicanos), na disputa pela Prefeitura de São Paulo de 2020, e por Jair Bolsonaro (PL), na campanha pela reeleição à Presidência em 2022, na mesma época das eleições.

Quatro anos atrás, Russomanno chegou à véspera do primeiro turno com rejeição de 50%, idêntica à que o seu padrinho na eleição, Bolsonaro, tinha na época. O candidato começou a corrida na frente, mas desidratou e ficou fora do segundo turno, disputado por Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL).

Em 2022, Bolsonaro apresentou rejeição de 52% na véspera do primeiro turno, que não impediu que ele passasse para o segundo, quando, no entanto, ele perdeu para Lula (PT).

Em compensação, em 2018, quando foi eleito, Bolsonaro passou ao segundo turno com alto índice de rejeição, que chegou a atingir 46% nos dias antes da votação.

A rejeição de Marçal cresce continuamente desde o início de agosto, quando ela era de 30%. Na segunda semana de setembro atingiu 44%.

Ela é explicada pelo estilo agressivo do influenciador, que faz acusações (muitas vezes sem provas), cria apelidos e dirige ofensas aos adversários.

Pressionado pela rejeição crescente, Marçal disse no fim de setembro que agia “como idiota” para atrair eleitores, mas que passaria a ter mais moderação. No debate de quinta-feira (3) na TV Globo ele mostrou comportamento menos agressivo.

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