domingo, outubro 6, 2024
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Aliados de Marçal veem laudo falso como erro grave que pode inviabilizar eleição

Aliados de Pablo Marçal (PRTB) avaliam a divulgação do prontuário falso para tentar associar Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de drogas como um erro grave, que reforça a impressão de que se trata de uma candidatura amadora que está disposta a ignorar qualquer limite na disputa eleitoral.

Eles afirmam que ainda que não tenha grande repercussão neste domingo (6), o ocorrido será explorado ao longo do segundo turno inteiro, caso o influenciador avance, dificultando muito a tarefa de reduzir a rejeição de 53% que ele hoje ostenta.

Antes da divulgação do laudo, Marçal havia adotado estratégia para diminuir sua rejeição e teve postura mais contida no debate da TV Globo na quinta-feira (3), por exemplo. A publicação do documento inutilizou esses esforços.

Em caráter reservado, os aliados de Marçal dizem que não enxergam possibilidade de que o episódio tenha qualquer consequência positiva.

Um deles avalia que a recepção negativa pode ser rebatida parcialmente por meio da ênfase em uma narrativa antissistema, segundo a qual Marçal estaria sendo perseguido para não ganhar a eleição dos candidatos preferidos do que chamam de “sistema”.

Nessa linha, a evidência da perseguição seria a suspensão dos perfis do influenciador pela Justiça eleitoral neste sábado (5).

O Instituto de Criminalística de São Paulo concluiu neste sábado que o laudo é falso a partir da comparação da assinatura do médico José Roberto de Souza em sete documentos com a usada no laudo divulgado por Marçal.

Além disso, o RG de Boulos no documento está errado.

O sócio da clínica Mais Consultas que emitiu o laudo, Luiz Teixeira da Silva Junior, tem vídeo publicado com Marçal e já atendeu o ex-coach em outra clínica da qual é sócio. Teixeira já foi condenado por falsificar diploma de curso de medicina e ata de colação de grau.

No mesmo dia indicado no prontuário, 19 de janeiro de 2021, Boulos fez uma transmissão ao vivo no fim da manhã comentando sobre a importação das vacinas e, no dia seguinte, participou de uma ação do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) na favela do Vietnã, na zona sul da cidade.

A médica Aline Souza, filha do médico José Roberto de Souza, afirmou em vídeo que o pai dela nunca trabalhou na clínica que aparece no falso prontuário.


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