domingo, outubro 6, 2024
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Curitiba tem reta final indefinida com alta de bolsonarista, aponta pesquisa Quaest

A reta final da campanha em Curitiba tem um cenário de incerteza e a alta de uma candidata de um partido pequeno que não era cotada entre favoritos.

Os principais concorrentes começaram a identificar um possível crescimento da apresentadora e comentarista Cristina Graeml, do PMB. As campanhas avaliam que o eleitorado bolsonarista está migrando para a campanha de Cristina, o que tem gerado mudanças de estratégia às vésperas do pleito.

Neste sábado (5), foi divulgada pesquisa Quaest que mostrou empate técnico entre Eduardo Pimentel (PSD), com 26%, e Cristina, com 21% —a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. Luciano Ducci (PSB) marcou 18%, e Ney Leprevost (União Brasil), 12%. O ex-governador Roberto Requião (Mobiliza) e Luizão Goulart (Solidariedade) têm 3% cada.

Cristina não teve direito a tempo de televisão, mas é atuante nas redes sociais e conhecida do eleitorado bolsonarista. Ela se engajou contra a vacinação na época da pandemia da Covid, não classifica o 8 de janeiro de 2023 como ato golpista e se apresenta como um nome “em defesa dos valores conservadores”.

Na última semana da campanha, ela gravou um vídeo com o candidato a prefeito de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, que defendeu o voto na curitibana, e frequentemente também diz que tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), embora o PL integre a coligação de Pimentel, com o ex-deputado federal Paulo Martins como candidato a vice-prefeito.

A coligação da esquerda, formada por PSB, PDT e a federação PT, PC do B e PV, tem feito um apelo nesta reta final para que os eleitores considerem o voto útil em Luciano Ducci, para garantir a continuidade dele na disputa e impedir um segundo turno entre “a extrema direita [Cristina] e a direita [Pimentel]”.

Além de Ducci, outros dois nomes se associam ao campo da esquerda, Roberto Requião e Andrea Caldas, o que pode dividir os votos desse eleitorado.

A campanha começou embolada, com quatro nomes empatados tecnicamente na primeira posição, de acordo com pesquisa Quaest divulgada em 27 de agosto: Pimentel (19%), Ducci (18%), Requião (18%) e Leprevost (14%). Depois, a partir do início da propaganda eleitoral na televisão, em 30 de agosto, o quadro se alterou.

A campanha de Pimentel, atual vice-prefeito, tem se esforçado para exibir mais os laços com o bolsonarismo, e recentemente colocou no ar um depoimento do aliado Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo. Para a campanha, um eventual segundo turno com o campo da esquerda o favoreceria na disputa.

Pimentel é apoiado pelo atual prefeito, Rafael Greca (PSD), e pelo governador Ratinho Junior (PSD).

Nesta última semana, ele precisou reservar espaço da campanha para se defender. Um áudio vazado nesta terça-feira (1) mostrou um superintendente da prefeitura coagindo servidores para que eles colaborassem com até R$ 3.000 para um jantar ligado à campanha de Pimentel. Após o caso vir à tona, a prefeitura demitiu o superintendente e alegou que se tratava de um caso isolado.

A campanha de Pimentel negou participação no episódio, mas os rivais têm explorado o assunto e cobram investigação da Polícia Federal.

Cristina também teve percalços. Ela começou a campanha com atropelos —a cúpula do PMB nacional tentou barrar a própria filiada da disputa— e, na última semana, ainda enfrentou desgastes com seu candidato a vice-prefeito, Jairo Filho (PMB).

Ele é alvo de um processo judicial movido por uma mulher idosa por supostos apropriação indébita e estelionato, o que ele nega, alegando se tratar de uma simples execução de dívida.

Também concorrem Felipe Bombardelli (PCO), Maria Victoria (PP), Andrea Caldas (PSOL) e Samuel de Mattos (PSTU). Curitiba tem um eleitorado de 1,4 milhão de pessoas.

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