domingo, outubro 6, 2024
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Datafolha: Marçal mantém pico de rejeição de 53% na véspera da eleição, ante 38% de Boulos e 25% de Nunes

Na véspera do primeiro turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo, a rejeição de Pablo Marçal (PRTB) se manteve no pico de 53%, segundo pesquisa Datafolha deste sábado (5). A marca é a mesma da pesquisa anterior, de quinta-feira (3).

Guilherme Boulos (PSOL) também manteve o índice anterior —38% declaram que não votariam nele de jeito nenhum.

Terceiro candidato empatado tecnicamente no primeiro pelotão, Ricardo Nunes (MDB) tem a menor rejeição entre os principais adversários: 25%. No caso do prefeito, houve uma oscilação para cima, dentro da margem de erro, que é de dois pontos para mais ou para menos.

José Luiz Datena (PSDB) é rejeitado por 39% (igual à marca da pesquisa de quinta), enquanto a rejeição de Tabata Amaral (PSB) é de 15% (era 14%).

O Datafolha entrevistou 2.052 eleitores paulistanos nesta sexta-feira (4) e sábado. Encomendado pela Folha e pela TV Globo, o levantamento está registrado na Justiça Eleitoral sob o código SP-05101/2024. O nível de confiança é de 95%.

A rejeição de Marçal chega a 59% entre as mulheres e 61% entre quem cursou ensino superior.

Apostando em factoides e em ataques para furar sua bolha de influenciador, Marçal acabou alavancando também a sua rejeição. A última jogada do candidato do PRTB acabou por unir seus rivais contra ele, ensejar cobranças de prisão e levou a Justiça Eleitoral a suspender novamente os perfis dele nas redes sociais.

Trata-se da publicação em suas redes, na noite de sexta, de um laudo falso para mais uma vez tentar associar Boulos ao uso de drogas. Uma série de evidências levantadas nas horas seguintes à publicação mostram que o prontuário apresentado foi forjado.

Principalmente nos debates, Marçal fez acusações sem provas, criou apelidos e dirigiu ofensas aos adversários.

Mas, diante da rejeição galopante, passou a dizer que teria uma nova postura, “de governante”, e chegou a pedir desculpas para o eleitor. Marçal já afirmou que agia “como idiota” para atrair eleitores, mas que passaria a ter mais moderação.

Em momentos cruciais para a campanha, como o debate da TV Globo, na quinta-feira (3), o influenciador buscou atenuar seu comportamento.

Como mostrou a coluna Painel, da Folha, a rejeição de Marçal se assemelha à de Jair Bolsonaro (PL), na campanha pela reeleição à Presidência em 2022. Na véspera do primeiro turno, Bolsonaro marcou 52% de rejeição, o que não impediu que ele passasse para o segundo turno, quando, no entanto, perdeu para Lula (PT).

Em compensação, em 2018, quando foi eleito, Bolsonaro passou ao segundo turno com alto índice de rejeição, que chegou a atingir 46% nos dias anteriores à votação.

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