segunda-feira, outubro 7, 2024
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Após garantir 2º turno, Boulos explora relação de Nunes com Bolsonaro

São Paulo – Em seu primeiro discurso após o resultado do 1º turno na eleição à Prefeitura de São Paulo, o candidato do PSol, Guilherme Boulos, reforçou a ligação de seu adversário no 2º turno, o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Boulos dividiu a eleição em dois lados. Em sua fala, o psolista disse que Nunes acredita que Bolsonaro fez tudo certo na pandemia e disse que o candidato é contrário à vacina. Além disso, afirmou que o emedebista acredita que a tentativa de golpe do 8 de janeiro, em 2022, se tratou apenas de um “encontro de idosas”.

Boulos e Nunes avançaram ao 2º turno com 29,07% e 29,48% dos votos, respectivamente, com 99,97% das urnas apuradas. O candidato do PRTB, Pablo Marçal, ficou em terceiro, com 28,14%.

“Do lado de lado nós temos o candidato apoiado pelo Bolsonaro. Um candidato que acredita que o Bolsonaro fez tudo certo na pandemia. Um candidato que no primeiro turnos se colocou contra a vacina. Um candidato que acredita que o 8 de janeiro foi apenas um encontro de idosas e não uma tentativa de golpe. Do lado de cá, temos um time que ajudou a resguardar a democracia no Brasil. Temos o presidente Lula, vice presidente Geraldo Alckmin, a ministra Marina Silva e todos aqueles que a dois anos se juntaram para resguardar a democracia no Brasil”, disse Boulos.

Além disso, Boulos citou a influência de Bolsonaro na escolha do vice de Nunes, o Coronel Mello Araújo (PL). O candidato do PSol relembrou uma fala antiga do ex-comandante da Rota defendendo um tratamento diferente da polícia aos moradores dos Jardins, bairro nobre da capital, em relação a um morador de periferia.

Ao falar do “seu lado”, Boulos citou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse fazer parte de um time “que ajudou a resguardar a democracia no Brasil”. Ele também citou o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), e cravou ter a maior frente progressista da história da capital paulista.

Apuração tensa

Aliados do psolista disseram que Boulos acompanhou a apuração bastante tenso – quando as urnas abriram, o deputado estava em terceiro lugar e permaneceu em uma sala junto de sua mulher, suas filhas e alguns aliados. Ele só se permitiu relaxar quando mais de 96% das urnas estavam apuradas, já que a diferença para Marçal estava apertada também.

Pessoas próximas a Boulos confessaram que a campanha se preparava para terminar a votação em primeiro lugar, e não em segundo, como aconteceu. Parte do resultado eles condicionaram ao falso laudo divulgado Marçal na última sexta-feira (4/10), para acusar o psolista de ter sido internado por uso de cocaína em 2021.

Quando 98% das urnas já haviam sido apuradas, Marta Suplicy, vice na chapa de Boulos, chegou ao clube para celebrar ao lado do deputado do PSol. Também se dirigiram ao local aliados como as ministras Marina Silva (Meio Ambiente) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas), o deputado federal Rui Falcão (PT) e os deputados estaduais Simão Pedro e Paulo Fiorilo (ambos do PT).

Os pais de Boulos, os médicos infectologistas Marcos Boulos e Maria Ivete Boulos, também chegaram com quase 99% das urnas apuradas. Enquanto se ouvia uma música alta vinda de uma festa de apoiadores, alguns andares abaixo, garçons entravam munidos de petiscos na sala onde o núcleo duro da campanha e convidados estavam.

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