segunda-feira, outubro 7, 2024
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Focar numa pegada com resiliência

Já reparou que, a todo momento, lê-se ou se escuta que alguém “bateu o martelo”? Um desavisado achará que, pela quantidade de gente que “bate o martelo”, vivemos sob uma sinfonia de marteladas. Mas é claro que, ao “bater o martelo”, o sujeito apenas se decidiu por isto ou aquilo. É um martelo simbólico. E quando se diz que fulano “apostou todas as suas fichas” em alguma coisa? Significa somente que o cidadão botou suas esperanças nessa alguma coisa. Não é como no tempo dos cassinos, em que se garantia que eles tinham uma sala dos suicidas, um lugar discreto onde o jogador que perdera de verdade suas últimas fichas podia dar um tiro no ouvido sem ser incomodado. “Apostar as fichas” sem meter a mão no bolso é mole.

E “subir o sarrafo”? Até há pouco, usava-se “baixar o sarrafo” —ou seja, dar uma surra em alguém. O sarrafo podia ser um porrete, uma vara, um relho, quem sabe até uma cadeira. Hoje, ao contrário, o normal é “subir o sarrafo”, ou seja, estabelecer uma meta mais difícil do que a que se vinha praticando. O curioso é que, quando se “sobe o sarrafo” numa prova de salto em altura, e o atleta não consegue saltá-lo, o sarrafo cai lá de cima e ninguém diz que ele “baixou o sarrafo”.

Temos ouvido falar muito também em “virar a chave”. É quando um clube de futebol vai passar de uma competição a outra na mesma semana. Na vida real, quando queremos passar de um aposento a outro que esteja trancado, não basta “virar a chave”. Temos de usar outra chave, adequada àquela fechadura. Talvez “virar a chave” seja o mesmo que “focar” na dita outra competição.

E já reparou que as pessoas não param de “surfar na onda” de alguém ou de alguma coisa? Até quem não sabe nadar, muito menos surfar, “surfa na onda”. Será que, ao fazer isto, “entregam” o que se espera delas? Mas, e se essa coisa estiver “fora da sua zona de conforto”? Talvez não esteja ao alcance da sua “pegada”. Bem feito, quem o mandou “flertar” com o desconhecido? O jeito é apelar para a “resiliência” e continuar tentando.

Mas só se você for “assertivo”, “pró-ativo”, e tiver uma visão “imersiva” do problema.


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